quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Que vontade de sumir..."

Todo mundo algum dia na vida teve essa frase na cabeça, as vezes até como um letreiro luminoso, daqueles que chamam bastante atenção. Nem é preciso pronunciar, esse desejo toma de conta sem a gente perceber. Em segundos pensamos que seriamos felizes se pudessemos olhar para o globo, dar uma girada e escolher aleatoriamente um lugar e simplesmente partir para começar uma vida, uma história, tudo novinho. Mas, (porque queridos história real tem sempre estas três letrinhas M A S para nos dar um choque...) a vida não é assim. Independente de onde estivermos, seja no Alaska, Caribe ou Austrália, o que nos tira o sono e nos inquieta a alma vai com a gente, faz parte de nós, tem o nosso gosto, cheiro e aparência. É a nossa essência. O que hoje nos faz ter vontade de sumir num passado nem tão distante nos dava paz, iluminava o dia, nos fazia sorrir, nos completava. Montanha russa de desejos, emoções, expectativas. Um olhar deturpado do presente? Não, talvez uma visão ingênua do futuro. Porque é lá no amanhã que depositamos a nossa esperança de uma vida serena, constante e madura. Onde finalmente conseguiremos nos entender com a gente mesmo, com os outros e com o mundo.


Não dá pra esperar este dia insólito chegar. Na verdade é uma incógnita se ele realmente existe. E agora? É preciso tolerância com o que mexe com a gente lá no fundo da alma. Não se julgue, mas avalie , pondere, ajuste. Sem intenção de mudar o planeta, sem qualquer intenção de seguir as regras existentes, ser politicamente correto. Pense no SEU mundo! Aquele universo que pulsa dentro de você. Domine o presente, sem pensar nos minutos, horas, dias, meses e anos a frente.

Queira poder ter vontade de sumir num minuto e no seguinte se sentir tão à vontade onde está...

Viver o hoje é um presente... felizes exatamente como somos, uma dádiva ainda maior.


Do balaio da Martinha