Não pensem que vou dar dicas culinárias agora. Quem sabe em um outro post? Afinal, lá em casa todas temos um certo fascínio pela gastronomia.
Mas, na verdade, a magia das cozinhas deste texto não está nos quitutes ali preparados, mas nas sensações que elas provocam em alguns momentos.
A cozinha da Thais é espetacular, não só pelos armários e eletrodomésticos, mas pelas risadas e histórias nela compartilhadas. Tenho certeza que já fomos das risadas às lágrimas nesse cômodo. Prevalecem as cenas hilárias, mas o choro às vezes aparece, nem que seja para acompanhar os anéis das cebolas.
Sabem, estou aqui a buscar na minha memória uma destas cenas para descrever, mas acabo de descobrir que a cozinha absorve os fatos protagonizados por lá, saímos apenas mais leves, seja pelos risos, seja pelo choro, saímos livres.
É para a cozinha da Thais que levamos revistas, livros, fotos, computador, etc. É um centro de entretenimento, relaxamento, cura. A alimentação preparada naquele lugar é altamente saudável para o corpo e para a alma.
Quando a rotina está muito corrida e não permite “paradas estratégicas” por lá, a madruga se incube de dar esta pausa... Um chá, alguns biscoitos e mais tagarelices a despontar.
Na casa da tia Marta também é assim. Há uma mesa em posição estratégica na cozinha e está sempre posta. As refeições duram horas porque a conversa gira em torno de assuntos variados, lembranças familiares, causos mineiríssimos, religião, política e por aí vai...
Me arrisco a dizer que somos uma família de "cozinheiros", gostamos de colocar a "mão na massa", gostamos de comer e servir! Então, a cozinha se torna pretexto para estarmos juntos, até como uma equipe, uns ajudam, outros cozinham e tem, é claro, a platéia. Mas é tudo assim: inconsciente e natural.
Me arrisco a dizer que somos uma família de "cozinheiros", gostamos de colocar a "mão na massa", gostamos de comer e servir! Então, a cozinha se torna pretexto para estarmos juntos, até como uma equipe, uns ajudam, outros cozinham e tem, é claro, a platéia. Mas é tudo assim: inconsciente e natural.
Acho que toda família tem alguns cantinhos assim, não é? Onde parece que o tempo pára, onde desfrutamos, sem maiores pretensões, a companhia das pessoas. Nesses momentos as escolhas individuais em relação à vida parecem não ter tanta importância, por alguns instantes as discordâncias familiares se dissipam e nos tornamos tão próximos, tão iguais, tão família!
Esses momentos são tão sublimes para nós que desejamos sempre ter cozinhas maiores!
Do Balaio da Martinha